O OBJETIVO DO ESTUDO NA MAÇONARIA



É correto dizer que o grande problema diante de nós é o da pedagogia da Maçonaria. Isso significa que o ensino dos fatos sobre um grande movimento histórico baseado na teoria de que a verdadeira felicidade do homem só pode ser alcançada pela união de todos em uma democracia alicerçada no espírito da fraternidade, onde cada um não seja apenas o guardião de seu irmão, mas também seu defensor, seu porto seguro, seu auxílio, seu incentivador, seu ombro amigo, seu inspirador e seu exemplo de amor ao próximo e a si mesmo. 
Tudo isso se ensina através do imaginário e das alegorias da Maçonaria, e de seu simbolismo místico. Não devemos nos perder na busca por algo sombrio, em teorias abstratas perdidas dentro de perspectivas obscuras, confusas, nebulosas e insignificantes; devemos sim estar próximos e nos dedicarmos aos verdadeiros valores humanos.
Princípios devem existir para estarem realmente inseridos nas vidas das pessoas, se não for assim não farão diferença alguma. Nosso estudo deve aliar teoria e prática, com o estudante realmente utilizando-se de seu aprendizado e compartilhando os valores adquiridos, senão nossos esforços serão em vão.
Também não podemos deixar de mostrar que são os pensamentos que importa que sejam eles que controlam a conduta dos homens; que, se seus pensamentos não são bons, o seu comportamento também não pode ser. 
O que precisamos é fazer com que os pensamentos certos sejam claramente formulados, imbuídos de amor, e profundamente gravados no subconsciente, de modo que eles irão inevitavelmente se expressar em nossos atos no dia-a-dia de nossas vidas.
A meu ver, essa é a missão da Maçonaria: a construção desses grandes pensamentos na mente dos homens, transformando-os em atos cotidianos, com a certeza de que eles devem predominar governar e prevalecer para os homens viverem juntos em paz e harmonia, e desfrutarem da verdadeira felicidade.
Como fazer isso é a grande questão. Como fazer a Ordem sentir que essas ideias não são abstrações vazias, mas reais, poderosas, vivas, atuais e sólidas – essa é a grande tarefa a se realizar. 
Precisamos compreender juntos os fatos sobre a Maçonaria: o que ela realizou no passado que a faz viver até os dia de hoje por seus próprios méritos? 
Como ela tem, durante sua existência, auxiliado o homem? 
Então precisamos colocá-los juntos em uma história de tal forma que ela vá capturar a atenção e manter o interesse do aluno. A capacidade de fazer coisas interessantes, para atiçar uma busca por mais “luz”, é o segredo de todo ensino. 
Você não pode abrir a cabeça de um estudante e colocar o conhecimento ali dentro, mas você pode incentivá-lo a estudar e aprender por si mesmo, e essa será sua vitória. Já temos a vantagem do grande poder de atração de nossos “segredos” e “mistérios”. 
Temos de mostrar aos iniciados o quão pouco sabem, quantos mistérios fascinantes ainda precisam ser explorados, investigados, analisados e estudados, para enfim poderem ser compreendidos.
Pergunte por que ele ainda permanece na Ordem. Ela o ajudou? Em caso afirmativo, como e de que maneira? Faça uma série de perguntas socráticas a ele; faça-o pensar! Se ela o auxiliou em algo, de alguma forma, sem dúvida, ela poderá fazer mais. 
Há mais lá, se ele souber procurar: “buscai e achareis.” Não é fácil ensinar os homens a observar o mundo ao seu redor, muito menos é ensinar-lhes a arte do discernimento espiritual. Mas é possível. Pode ser ensinado, pode ser desenvolvido, pode-se fazer essa habilidade florescer. 
Muito de nossa pedagogia moderna não é nada mais do que um árido, mecânico e vazio processo. Nossas crianças são instruídas a decorar, imitar, copiar, para seguir “o costume”, e não são nunca preparadas para pensar.
Tal procedimento acaba por formar adultos incapazes de formular pensamentos simples, mas originais, não sendo capazes de fazer uma avaliação crítica do que ocorre ao seu redor; e muitos são os que em loja praticam a ritualística de forma errada, por que os Mestres “mais antigos” lhe “ensinaram” que assim é “o uso e o costume” daquela oficina.
Devemos preparar nossos novos maçons, incentivando-os a se dedicarem aos estudos e à pesquisa sobre a Ordem. Devemos incentivá-los a trabalhar sua mente, a construir seu templo espiritual, mas também o intelectual. Devemos incentivá-los a serem originais.
Devemos incentivá-los a pensar!
Autor: Hon. Louis Block, Past Grand Master, Iowa.
Tradução: Luiz Marcelo Viegas
Fonte:
The Builder Magazine
Volume I, Número 4, abril-1915


SOIS MESMO MAÇOM? TENHO DÚVIDAS!




Ser um iniciado não significa ser um maçom, há quem passe uma vida inteira na maçonaria sem conseguir ser um maçom.
Ser iniciado, na maçonaria, é assumir o dever de procurar dimensionar e viver uma nova situação social mais humana e progressista, que leve o planeta a uma melhor condição de vida, ser justo e perfeito na condução desse dever, estando todo o tempo voltado para sua lapidação interior e para o melhor aperfeiçoamento do ser humano universal.
Estar na maçonaria, ser um iniciado, é de imediato absorver e se adequar as seguintes condições básicas:
1. ser honesto
2. ser sincero
3. ser fiel
4. ser patriota
5. ser justo
6. ser trabalhador
7. ser organizado
8. ser estudioso
9. ser um líder
Isso é ser um iniciado, é condição primária para estar na maçonaria. Ser maçom é outra coisa.
Ser maçom envolve, além disso, tudo, uma condição espiritual e filosófica aonde ainda vem-se a somar:
10. ser fraterno
11. ser tolerante
12. ser apaziguador
13. ser caridoso
14. ser humilde
15. ser compreensivo
16. ser generoso
17. ser educado
18. ser justo
19. ser verdadeiro
20. ser um bom exemplo
Esses 20 ingredientes juntos, misturados em proporção social adequada, é que formam a argamassa que molda os verdadeiros maçons.
O maçom verdadeiro é um ser humano especial diferenciado das outras pessoas, com o dever de melhorar e modificar a humanidade através de seu bom exemplo.
O maçom verdadeiro tem que ser virtuoso e obstinado em sua missão de melhorar o mundo através da melhoria do ser humano e não deve nunca, por convicção, desistir ou se afastar desse objetivo.
 Vamos ver sobre você que me lê agora e que está como membro integrante das hostes maçônicas. Farei algumas perguntas terríveis a se responder, vamos lá:
- já mentiu de forma caluniosa sobre algum irmão?
- já quebrou a palavra empenhada a algum irmão?
- já conspirou contra algum irmão ou contra a sua Loja, seu Oriente?
- já ajudou o irmão ou a Loja ou a maçonaria em interesse próprio?
- já enganou algum irmão de forma matreira e/ou maliciosa?
- já boicotou o trabalho de algum irmão ou da sua Loja?
- já foi perdulário com seu irmão ou com sua Loja?
- já colocou a mão vazia no saco de beneficência tendo metais na carteira?
- já prejulgou seu irmão, sua Loja ou seu Oriente?
- Já ficou de olho nos bens do irmão, de forma invejosa?
- Já ficou com desejos profanos nas cunhadas e sobrinhas?
- Já comentou algo sigiloso em Loja, para outros ouvidos proibidos?
- Já deu golpes em irmãos, em nome da maçonaria?
- Já abraçou irmãos, de forma hipócrita e sem vontade?
- Já visitou uma Loja por obrigação e sem a maior vontade de estar lá?
- Já deixou de perdoar um irmão, que errou e se retratou?
- Já mentiu para a cunhada, dizendo que iria à Loja e foi para outros lugares?
- Já teve preconceito com outro irmão, devido a cor do avental ou rito praticado?
- Já indicou profanos na Ordem, por interesse pessoal?
Se eu nominar mais coisas teremos "n" páginas. Ficamos com essas por enquanto!
Maçom é mais que Iniciado, como já mencionei antes, maçom é uma condição espiritual e filosófica, onde a pureza da sua alma, das suas atitudes e dos seus sentimentos, são condições primordiais para sua existência como maçom e para a existência da verdadeira maçonaria. Maçonaria é código de postura.
Após a leitura desse texto, reflita sobre o conteúdo de sua vida maçônica: quem foi você esse tempo todo?
O que está sendo você nesse momento?
Tenho dito!

 Denilson Forato 

A VIRTUDE E A MAÇONARIA




“O que entendeis por virtude?” ( pergunta de Apolo aos discípulos de Elêusis, Séc VI a.C.) 1- A virtude para os Gregos Virtude na Grécia Clássica era a Areté, um termo que significa a excelência, o máximo, o melhor, a força e o vigor, o esplendor ou o sublime.

Ser virtuoso equivalia a ser o modelo ideal de cidadão no contexto da pólis.

A vida boa, a vida digna e justa que os gregos deveriam almejar e cultuar era a opção dos melhores, ou seja, dos daqueles coroados pelas virtudes. Sócrates afirmava que virtude era a prática da excelência. Já Aristóteles dizia que a virtude são práticas ou hábitos que nos levam para o bem. A dúvida que surge, nesta colocação, é como definir com clareza o que seria uma vida boa.

Qual seria o perfil de homem que os gregos antigos consideravam como exemplo a ser seguido? Os gregos acreditavam que o mundo era perfeito. Tudo que existe teria uma finalidade, um sentido e uma missão a cumprir. Isso ocorreria para todos os entes e para os infinitos fenômenos da natureza.

Como a chuva, os bodes e as acácias, cada elemento teria sua razão de existir e comporia o universo regido por uma lógica, que eles chamavam de logos, que seria uma espécie de “princípio criador”.

Este ente original teria orquestrado um projeto arquitetônico belo e harmônico, onde tudo obrigatoriamente deveria funcionar de forma justa. O traçado do mundo, feito por este arquiteto supremo, era uma obra de arte – e como toda obra de arte não haveria um traço, uma letra, um tijolo ou pedra colocada aleatoriamente na planta. Tudo tinha que estar onde exatamente devia estar. Uma peça que não se encaixasse no desenho da prancheta seria uma hybris, equivalente a um simulacro ou uma aberração.

Assim, não há opção de vida alternativa – ou de alterar o seu destino – aos fenômenos naturais, como um rio que flui para o mar ou como um terremoto que abre a terra, ou para os animais, como um bode que nasce-pasta-reproduz e morre.

Dentre todas as criações existentes, haveria apenas uma que teria o potencial de viver fora de seu objetivo primordial traçado a priori pelo arquiteto criador: o homem. 

O ser humano teria condições de navegar contra a sua natureza. Isto ocorre quando a pessoa desconhece seus verdadeiros talentos, ou quando apesar de descobri-los não os exerce na plenitude. Portanto, o primeiro degrau da escada para a jornada em busca da vida virtuosa refere-se ao emblemático processo denominado de autoconhecimento – gnouti sauthon em grego.

 Todos tem que se auto-analisar. Como afirmava Sócrates, “uma vida não avaliada não merece ser vivida”. Os talentos foram dados para que cada ser humano possa desempenhar sua função no grande projeto arquitetônico do universo. Não foram aptidões agregadas por acaso, dizia o mestre de Platão.

Para o ethos grego, portanto, a vida boa é aquela vivida de acordo com o exercício pleno das aptidões naturais que o logos concedeu a cada cidadão. Esta seria a forma virtuosa de viver: descubra para que você veio ao mundo, e realize com força e vigor o seu destino, seja ele qual for. Se um homem não descobre para que serve, ou se apesar de saber não tem força moral para exercer estes dons com excelência, estaria no caminho do vício.

O vício, para os gregos, é a vida exercida fora do planejado. Como exemplos desta condição não ideal, imagine Mozart como um comerciante, Van Gogh como um pastor ou Pelé como um funcionário público. Seriam casos exemplares de hybris, ou de virtudes degeneradas.

O que chama a atenção nesta perspectiva grega da virtude é que não importa o tipo de talentos que o indivíduo possui. Não interessa se ele os usa para as chamadas boas ações ou para ações nem tão boas assim, quando analisadas pelos critérios de certo e errado dos inúmeros códigos de ética mais atuais.

Os virtuosos, devidamente funcionais na máquina universal, Para os gregos somente os talentosos e que exercem suas aptidões na plenitude poderiam dirigir com excelência os destinos da polis. Assim, o ideal da vida grega ou a prática do bem se refletiria na boa condução dos negócios das cidades, condição esta exclusiva aos virtuosos.

A virtude para os Cristãos A virtude para os cristãos tem outro significado. Agora a preocupação com a possibilidade de se conquistar uma vida boa e digna se refere a ter acesso à cidade de Deus. Os bons cristãos devem exercer alguns hábitos e práticas formuladas por Deus que ficaram conhecidas como virtudes teleológicas: fé, esperança e amor (caridade).

Por este prisma os talentos individuais nada representam em termos de se alcançar o ideal de vida. O que importa é a crença em Deus, a esperança de perspectivas melhores no futuro e o bem cuidar do próximo.

A virtude na Modernidade Em meados do século 18 uma nova figura surgia no esplendor das luzes pós Renascença: o homem moderno. A razão esclarecida passava a ser o timoneiro dos pensamentos, dos atos e das omissões dos doutos iluminados. Tudo que existia até então teria que passar pelo crivo da capacidade questionadora das mentes livres e conscientes. Este novo homem racional se reinventou enquanto “ente-no-mundo”.

Uma vez que passara a questionar todo e qualquer pensamento, este pensador exercia uma autonomia. Criou-se, assim, o sujeito, o indivíduo, o “”eu-senhor-de-si ou o ego condutor dos próprios destinos. Com imenso poder de devastação sobre as concepções anteriores do que seria uma postura virtuosa, a razão e o sujeito moderno ditavam quem tinha ou quem não tinha o direito de gozar uma vida reta.

A virtude grega e cristã perdia fôlego – o modelo agora era a vida calcada em uma espécie de virtude racional, exercida através do mote “Cogito Ergo Sum” cartesiano.

O novo ethos representava uma libertação de todas as formas de tutela ou de concepção metafísica: o homem como sujeito seria o suficiente para gerar todo sentido e todos os significados para a vida plena.

O homem, como figura subjetiva, não dependia mais de nenhuma instância superior a si para explicar ou justificar o universo, enquanto projeto arquitetônico ou enquanto obra divina. Tudo se resumiria ao indivíduo, completamente livre e por isso mesmo igual a todos que existem – os ideais de liberdade e de igualdade surgem com o homem moderno.

A virtude na Contemporaneidade Já na pós-modernidade a definição de virtude se altera. Com a derrocada dos valores modernos, devido à crise moral da ciência e da razão enquanto vertentes moduladoras da boa vida, algo novo aparece no horizonte dos caminhos do homem.

Com a explosão dos meios de comunicação de massa, somado ao incremento na industrialização e na produção de bens de consumo (a revolução industrial começou no século 18, mas seu apogeu ocorreu logo depois da II grande guerra), e tendo ainda a recente intensificação brutal da globalização de informações e de pessoas pelas conexões da internet, ser virtuoso na contemporaneidade equivale a ser um bom consumidor dos produtos – tangíveis e intangíveis – que o mercado oferece ininterruptamente.

Melhor explicando: o caminho da boa vida é o caminho do consumo. Esta é uma consequência lógica do sistema capitalista. E atrelado a este consumismo vem todo um estilo de vida de alta rotatividade, de relações fluidas – ou líquidas, como diz Bauman – de hedonismos fugazes e de aparentar uma felicidade abstrata e plastificada. Independentemente da forma como interpretamos o que seriam as virtudes ideais que todo cidadão “de bem” deve respeitar e praticar  trata-se de um conjunto de valores que determinam um condicionamento de comportamentos ou um adestramento das aptidões individuais que ocorre com raridade entre os homens.

Mais que isso, são metas ou objetivos transcendentais que a maioria das pessoas não vai conseguir atingir, por questões de limitações pessoais ou morais.

Em outras palavras: todos querem ser e se dizem muitas vezes virtuosos, mas na realidade isto não ocorre.

O ser humano, com raras exceções, exercem em sua vida privada e pública apenas uma interpretação caricata e bufona dos papéis virtuosos elencados ao longo das eras. Esta máscara “de bonzinho” que é tão fartamente utilizada é apelidada de “vício”.

O vício é a caricatura, o fake, o simulacro da virtude.  A sociedade nos diz “seja virtuoso”, mas se não for possível que seja pelo menos aparentemente virtuoso.

(*) Irmão Carlos Alberto Carvalho Pires, M.M.

ARLS. Acácia de Jaú 308 – Or.’. de Jaú SP

AS DUAS COLUNAS EXTERNAS DOS TEMPLOS




Desde as épocas mais remotas da Civilização, a mente humana se volta para os “deuses” na procura de esclarecimentos e auxílio divino para a vida cotidiana.

Temerosos e, consequentemente, devotos, os primitivos ofertavam comidas, objetos e sacrifícios para aplacar a ira dos “deuses” que se manifestava pela intempérie e animais selvagens. O local onde eles faziam essas oferendas era “solo sagrado”, provavelmente, num recanto sombrio de uma floresta, e só os mais “esclarecidos” podiam fazê-las.

Com a evolução e certa estabilidade, o ser humano rudimentar tornou-se observador do céu e do horizonte. E ele começou a perceber que o Sol (sem dúvidas um dos deuses) nem sempre sumia no horizonte no mesmo local.

Percebeu que o Sol se deslocava para a direita por um determinado tempo. Parava por um período e retrocedia no sentido contrário e parava novamente, agora no lado oposto. E repetia tudo novamente.

Percebeu, também, que a claridade (horas de sol) variava com esse deslocamento. E, mais importante, associou o tempo frio, a neve, a alta temperatura, as chuvas, etc. com esse deslocamento, e com a melhor época de plantio, de enchente dos rios, etc.

Com isso, o “solo sagrado” foi deslocado para o cume de um pequeno monte, onde o sacerdote podia observar o horizonte e verificar onde o Sol estava se pondo e fazer seus presságios dos sinais observados. Para melhor controle, os sacerdotes colocaram nos dois extremos atingidos pelo Sol, duas estacas, que posteriormente se transformaram em colunas.

O “solo sagrado”, agora fixo num determinado local, recebeu para melhor proteção dos sacerdotes (augures) uma cobertura, e posteriormente, paredes feitas de pedras, transformando-se num Templo do passado.

Devo esclarecer que a palavra Templum vem do latim e era a denominação dada a essa faixa do horizonte, entre as duas colunas, onde as adivinhações eram feitas. O Sacerdote contemplava aquela região e tirava as conclusões.

Com o passar dos tempos, os Templos, locais agora onde os adoradores iam rezar e fazer suas oferendas mantinham na frente, na parte externa, as duas colunas. Virou tradição. Todos os Templos construídos, mesmo sem saber o “por que” daquilo, tinham que ter as duas colunas.

Hoje nós sabemos que o deslocamento do Sol é aparente (quem se desloca é a Terra) e os pontos assinalados pelas estacas são os Solstícios (de Inverno e de Verão) e o meio deles assinala o Equinócio.

Fonte e autor:
Alfério Di Giaimo Neto - MI


PARA SER UM VERDADEIRO MAÇOM


Maçom é dado logo perceber que há apenas uma loja maçônica, o Cosmos, e um dos irmãos maçônicos Irmandade, independentemente de ritos maçônicos, em graus ou hierarquias, composto por todos aqueles lá e movimento qualquer um dos planos da maçonaria, maçônico ou sem regularidades.
Você sabe, além disso, que o lendário Templo de Salomão é verdadeiramente o Ser Humano Solar: - Sol - interiorização Eu então Superior, Rei do Universo interior, manifestando-se através dos construtores primários.
Ele percebe que seu voto de irmandade e fraternidade universal, e que minerais, plantas, animais e homens, estão todos incluídos no verdadeiro maçônico fazer.
Seu dever como um grande construtor com todos os reinos da natureza para a sua obra, a grande obra, a distingue como o criador solar, que preferem morrer a perder seu grande arquiteto obrigação.
Ele dedicou sua vida no altar da consciência purificada, e está ansioso para servir ao menos através dos poderes recebidos de uma hierarquia superior.
O místico, adquirindo olhos para ver além da escrita ritual, Maçom reconhece a unidade maçônica, expressa através da diversidade de formas.
A verdade mais profunda Maçom Maçonaria tem sempre do lado esquerdo de seu culto de personalidade.
Com a sua penetração poderosa, ele percebeu que todas as formas existentes e sua posição sobre assuntos materiais não são importantes para ele em comparação com a vida que está se desenvolvendo dentro de si mesmo.
Qualquer um que permite que as aparências ou manifestações mundanas de entre as tarefas a si mesmo tenha sido atribuído no decorrer da vida maçônica é um fracasso, porque a Maçonaria é uma ciência abstrata, cujo objetivo final é o desenvolvimento harmonioso de Ser.
A prosperidade material não é uma medida para a ampliação de seu ser.
O verdadeiro Maçom percebe que por trás destas várias formas, não é, ligado ao princípio da Eternidade: o esplendor da criação, em todas as coisas vivas.
É esta vida que ele considerava quando se mede o valor de seu irmão.
É esta vida para a qual ele apela para reconhecer a unidade espiritual.
Ele entende que a descoberta dessa centelha de Deus é o que ele um membro consciente da Grande Loja Cósmica faz.
Acima de tudo, você deve vir a entender que divino sol centelha brilha tanto no corpo de um inimigo como no mais querido irmão.
O verdadeiro Maçom aprendeu a ser eminentemente impessoal em pensamento, ação e desejo.
Por: Raul Emilio Ruiz Figuerola


OS QUATRO ELEMENTOS


O estudo das forças ocultas da natureza presente nos quatro elementos e seus elementais são  comuns a todas as culturas por tratar-se de uma necessidade latente do ser humano.

A Iniciação Hermética quase sempre têm início com base nos quatro elementos grosseiros da natureza: ar, terra, fogo e água. A partir de uma evolução interior, o iniciado passa a estudar os quatro elementos em sua forma mais sutil, através de uma analogia entre o material tangível e o abstrato, psíquico ou espiritual.

Vejamos uma breve análise sobre cada um dos elementos, elaborada por mim, tendo por base os estudos sobre Hermetismo ao longo dos últimos anos. Tal síntese será apresentada em uma sequência ordenada de tal forma, que possa sintetizar da melhor maneira possível, a natureza dos elementos de acordo com a ideologia espiritualista proposta pelo nosso site.

Assim; poderemos obter uma visão mais ampla e maior compreensão,  acerca dos nossos processos criativos interiores em suas diversas fases:

AR
O ar representa o meio onde todas as ações e realizações humanas têm seu início; o nosso mundo das idéias. Espiritualmente falando, representa o éter ou plano astral que, em linguagem mais moderna, pode muito bem ser chamado de psique ou inconsciente.

É também o elemento representante da mente com suas frequentes transformações. O elemento ar está dessa forma, diretamente associado ao pensamento e, segundo diversas correntes herméticas é governado por elementais denominadas Fadas.

FOGO
O fogo representa o desejo, à vontade, a mudança, a purificação, a transformação, a energia da ativação que em termos estritamente espirituais, pode ser representado pelo poder da fé. Segundo o hermetismo tradicional, esse elemento é governado pelas Salamandras e tem um significado espiritual muito forte por representar a Energia Divina.

Em quase todas as religiões que se utilizam de rituais, o fogo é utilizado como forma de representação da Luz Divina. As velas, as fogueiras são objetos que representam a força desse elemento.

ÁGUA
A água, segundo a maioria das correntes herméticas, está relacionada às emoções do inconsciente; emoções que nutrem os nossos sonhos e ideais na vida; pode muito bem representar no processo espiritual construtivo, a energia da esperança que alimenta e mantém ativa a fé ou a crença do iniciado.

Elemento governado pelas Undinas e de caráter feminino em sua essência. Ativa a intuição e a emoção. Os espelhos mágicos dos ocultistas podem ser objetos que muito bem representam esse elemento.

TERRA
A terra representa, hermeticamente falando, o lado visível da vida ou a manifestação concreta de todas as sementes que germinam no mundo das idéias, mediante a ação concreta do Iniciado. Esse elemento ativa nossa energia interna para a realização e para a ação de coisas concretas.

Representa ainda o nosso próprio organismo e tudo o mais relacionado ao mundo material. Geralmente, em hermetismo, esse elemento pode ser representado pelo símbolo da cruz que alegoriza a materialização da essência divina. Os Gnomos são elementais que governam o elemento terra, segundo os ocultistas.

Simplificando:
Tudo começa com o elemento ar, no mundo das ideias, onde predomina o caos de pensamentos e crenças variadas que desprendem energia aleatoriamente e sem foco.

A partir de uma introspecção do Iniciado pelos recônditos misteriosos do Ser, predomina o elemento fogo, representando aqui a energia da vontade direcionada(a fé).

Em seguida deve predominar o elemento água, representativo do sentimento de convicção que deve nascer do fogo secreto da fé, transformando essa crença inicial em uma esperança constante, vital para a concretização do processo criativo.

Finalmente surge a predominância do elemento terra, representando a materialização da vontade que surgiu dos recônditos interiores do ser. Essa é a forma que escolhi para representar o simbolismo dos quatro elementos em nosso processo de criação de coisas psíquicas, espirituais e até físicas. 

Quem puder compreender; compreenda.

Para finalizar esta análise, vejamos a seguir um trecho extraído do meu livro Alquimista por Acaso, que tão bem exemplifica a natureza espiritual dos quatro elementos:

Naquela noite, ao cair na cama, simplesmente me apaguei em um sono profundo. Não sei se devido à ansiedade latente da minha busca frustrada, pouco antes do alvorecer, tive uma série de sonhos, todos relacionados ao tesouro perdido.

Um deles, porém, chamou muito minha atenção. Aconteceu um pouco antes do despertar. No sonho eu estava a escavar o solo em um imenso buraco que já havia feito sob a árvore quando, de repente, ouço uma voz ressonante de um homem que estava à beira do buraco que, nesse momento já havia se transformado em um túnel escuro, no qual eu estava imerso.

 Paulo – dizia o homem misterioso, desista. O tesouro que estás buscando é verdadeiramente encantado e só conseguirás teu intento quando estiverdes apto a quebrar tal encanto.

-Como posso fazer isso? Perguntei.

-Poderás quebrá-lo somente de duas maneiras: pelo sofrimento ou pelo conhecimento. Escolhendo o sofrimento escavarás sem parar por toda a extensão dessa mata. Através desse sacrifício desesperado poderás por sorte encontrar o tesouro em alguns anos.

Se por outro lado, escolherdes o caminho do conhecimento, deverás seguir fielmente as instruções e com sorte, no tempo prometido, encontrarás o que buscas.

 – Qual das opções, devo seguir? – perguntei já sabendo qual seria a resposta.

 – O caminho do conhecimento é mais suave e menos doloroso – respondeu-me a voz. Pelo sofrimento levará anos para encontrar o seu tesouro. Seguindo a senda do conhecimento revelado pelas forças da natureza, ainda poderás atingir o objetivo no prazo estipulado.

– Como posso fazer isso? – perguntei gritando a ele do fundo do imenso buraco.

– Deves buscar a mistura dos quatro elementos na sua forma sutil e não na forma grosseira – respondeu-me o homem.

– Como assim? – Insisti. Não entendo o que quer dizer.

– O ar, a terra, a água e o fogo, portanto, elementos superiores; não os ordinários,  respondeu-me ele.

– Continuo não entendendo o que significa isso – insisti.

– Deves buscar os quatro elementos dentro de você – respondeu.

– Como conseguir tal intento?

– Não posso dar mais detalhes porque você deve ser digno do tesouro por seu próprio esforço. Apenas posso falar a respeito do significado dos quatro elementos no homem: o fogo representa um forte desejo, a água representa o sentimento que o nutre e a terra representa a manifestação desse desejo mediante a lei universal irrevogável de causa e efeito.

– E o elemento ar? – Perguntei-lhe.

– O ar representa o éter, meio onde tudo se manifesta. Buscai e encontrareis a mistura dos elementos dentro de si. Esse é o segredo para o seu tesouro. Agora saia desse buraco porque o tesouro não está aí no escuro. Ele está na luz.

Estas foram as últimas palavras ditas pelo homem misterioso em meu sonho antes do despertar. Quando pensei em fazer mais algumas perguntas acordei assustado com a incrível lucidez vivida naquele sonho. Parecia um fato real.

O buraco escuro do sonho mostrou um relevante contraste mediante a luz que agredia meus olhos pelo vidro da janela. Eram os primeiros raios do sol, anunciando o nascer de mais um dia.

Do livro:  Alquimista por Acaso


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