OS SINAIS MAÇÔNICOS



Especula-se muito no mundo profano a respeito dos sinais pelos quais se reconhecem os maçons. Ideias das mais mirabolantes rondam o imaginário popular. 

Depois de iniciado e visitar as lojas em nossa cidade e arredores, ficava admirado com a quantidade de homens, de minha convivência ou conhecimento, que me reconheciam como irmão e me recebiam com cordialidade, amizade e carinho.

Com o passar do tempo, percebi que os sinais de que eram maçons já haviam sido dados, faltando de minha parte, capacidade de compreensão para percebê-los. 

Capacidade que começo a adquirir com o passar do tempo. Os sinais que me foram dados são aqueles que fazem um homem de grande virtude no mundo profano, mas que são obrigatórios ao verdadeiro maçom. Sinais de homens probos na sociedade.

Bons filhos, bons pais e bons maridos. Sinais de tolerância no trato com todos. 

Seriedade em seus empregos ou negócios e a ação positiva na tentativa de praticar o bem e contribuir para uma sociedade mais justa e fraterna.

Acredito serem estes os sinais que identificam o verdadeiro irmão. O sinal de amizade e respeito no trato com todos, onde a igualdade vale em qualquer situação. O sinal de tolerância em uma ordem, onde encontramos irmãos que representam a pluralidade de nossa sociedade, e onde sempre existirão diferenças entre o conhecimento e assimilação de nossos ensinamentos.

O sinal de saber falar e saber ouvir. Sempre somar e nunca dividir. Tornando nossa ordem unida e coesa, onde as decisões são tomadas de forma participativa e o todo vale mais que o singular.

Que o Grande Arquiteto do Universo me ajude a poder um dia passar estes sinais aqui ou no mundo profano para que nenhum irmão se surpreenda ao me reconhecer como tal.

A PESQUISA EM MAÇONARIA



"Era comum buscar guarida nos conhecimentos egípcios que, segundo escritores renomados, teriam sido herdados das prósperas civilizações. Atlântida e Lemuriana, destruídas devido à vaidade que cultivavam e também pelo uso inadequado dos conhecimentos esotéricos."

Entendemos por pesquisa, a busca, a indagação, a investigação que procura a verdade. Quais seriam as ferramentas do homem moderno na sua eterna procura da veracidade não só dos fatos, como também das ideias?

Hoje, no terreno científico, temos os sofisticados laboratórios, os observatórios astronômicos, os voos siderais tripulados e os satélites artificiais, cujas observações criam teorias, hipóteses para serem demonstradas como falsas ou verdadeiras. 

Quanto aos fatos e às ideias humanas, teríamos um vasto arsenal de descrições alicerçadas na arqueologia, etnologia, etologia, linguística, antropologia, sociologia e psicologia, comprovando ou invalidando conhecimentos e conceitos.

Como é muito difícil, às vezes, fazermos pesquisas de campo usamos na maior parte do tempo a pesquisa bibliográfica constituída por publicações: documentos (fontes primárias) ou por monografias, livros de um modo geral (fontes secundárias), nos quais o autor procura justificar sua tese ou antítese nas conclusões de outros tratadistas de reconhecida capacidade e honestidade, no assunto.

Este é o aspecto geral que, praticamente, teve início no final do século passado, mas principalmente no começo do atual século, no qual a experimentação e as descobertas nos campos das ciências humanas substituem o magister dixiit dos sábios das culturas arcaicas e as alucinações e delírios de místicos desequilibrados.
Analisando o primeiro período do dístico inicial: “Era comum buscarem guarida nos conhecimentos egípcios”. Que conhecimentos? Quais as influências egípcias na cultura do mundo antigo?

Porém, sabemos pelas modernas descobertas arqueológicas que o Egito encontrava-se e manteve-se num grau baixíssimo sob os vetores científicos, filosóficos e religiosos. Tinham alguns conhecimentos de geometria e astronomia. A filosofia deles era uma cosmogonia mitológica, dentro das ideias comuns a todos os povos do mundo antigo, que em muito precederam os egípcios com mitos da criação do universo e do homem, sendo os mais primitivos historicamente os da cultura suméria acadiana.

Sua teologia ficava num animismo e totemismo dos mais primários, pois seus grandes deuses eram representados por homens com cabeças de animais. Adoravam alguns animais, comprovação obtida pelas múmias encontradas de certos animais (gato, crocodilo, escaravelho). Osíris e Ísis pertenciam aos velhos mitos da fecundidade e imortalidade como os anteriores dos sumérios: Dumuzzi e Gilgamesh e das demais culturas como Adônis, Átis, Orfeu, Dionísio, Jesus e Hiram Abi; sintetizados na morte e renascimento do deus em analogia com a natureza.

Quais seriam os escritores renomados: Leadbeater, Ragon, Paul Burton, e alguns tupiniquins, cujo trabalho é copiar dos outros.

"Os conhecimentos egípcios eram herdados da Atlântida e Lemuria", que não sabemos se existiram, ou, principalmente a primeira seria fruto das histórias inventadas por quem não tinha o que fazer, ou mesmo um mito criado por Platão. Até os dias de hoje, não existem evidências arqueológicas da existência de tão prósperas e evoluídas culturas.

Esoterismo seria a doutrina dos círculos mais restritos das sociedades iniciáticas, ou das religiões criadas pelos sacerdotes para melhor explorar o homem em benefício próprio. O que constituía o esoterismo antigo? Uma série de práticas de magia oral ou gestual, criando cerimônias de ofertas aos deuses para aplacá-los ou comprar os favores deles como fazem até hoje os “pais de santos” ou mães em seus cultos afros.

Modernamente, o esoterismo transformou-se nas modernas medicinas alternativas, nas quais encontramos as velhas “mezinhas”, chás de plantas (fitoterapia) das velhas mucamas, acupuntura, hipnose, homeopatia, passes ou “sacudimentos”, florais, magia, bruxaria e todo um universo com adivinhações astrológicas, “taróticas” e outras.

Temos uma fatia da literatura ocultista dos autores do realismo fantástico, culminando com o sucesso do escritor Paulo Coelho, o Papus moderno. Demonstração insofismável da procura das pessoas pelo incomum para solucionarem seus problemas comuns, criados por uma sociedade irracional e consumista, onde não tem lugar o amor sob a forma de tolerância.

Os órgãos de comunicação maçônica (jornais e revistas), devem ter o cuidado de não publicarem toda essa baboseira esotérica, pois na realidade exprimem superstições geradas pela ignorância dos séculos passados. 

Como nós, Maçons, temos alguma responsabilidade no campo da cultura, devemos inquirir e contradizer as pregações, nas Lojas, desses arautos de um mundo imaginário com seus mitos válidos há cinco mil anos, e que hoje são histórias da “carochinha”, para os imaturos adultos humanizados.

I.·.Breno Trautwein
Or.·.de Curitiba – PR

CONTRA A CEGUEIRA ESPIRITUAL




Embora a Maçonaria Livre não seja uma religião, ela é preocupada com os valores espirituais de seus membros, e exige que eles acreditem em Deus. Este é um importante passo para que sua postura e conduta sejam exemplo para outros homens. Como ele ganha em sua jornada um material valioso para ele mesmo, a Maçonaria torna-se um caminho da vida.

Acreditar, com maior profundidade em seu significado é CRER.

Quem crê, obedece. Por que, normalmente, a maioria não obedece?

Se não obedece é porque nem tampouco considera. Por que procedemos assim para com o nosso Deus? Ele afirma no “livro dos livros”: “Eu sou teu Deus, além de mim não há outro”. Por que nos dividimos, reverenciando outros deuses?

Nem procuramos considerar que foi Ele quem deu seu único Filho, como oferta, para salvar a humanidade, ou seja, salvar a todos nós.

Como não bastasse, seu Filho afirma, categoricamente:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai se não por mim”.

Entretanto, quando precisamos de algo de Deus, recorremos a um outro intercessor ou intercessora, dando mostras cristalinas que a afirmativa d’Ele não tem o mínimo valor ou como se Ele fosse um mentiroso qualquer. No dia-a-dia é o que se ver.

O próprio Pai afirma:
“O meu povo sofre por falta de conhecimento”.

Haja vista que Ele ainda afirma:
“Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”

Vamos inverter: Infeliz é a nação cujo Deus não é o Senhor.

Como fica, quando Ele afirma:
“Eu honro a quem me honra”, quem não me honra será desmerecido.

A situação acima é de honraria a Ele?  Se for, seremos honrados, mas se não for, certamente, receberemos o que Ele afirma: (vide final da mesma referência). Eis o motivo de muita gente reclamar da vida, mas não reflete que tal situação nada mais é do que o resultado de sua desobediência, sua desconsideração, seu desconhecimento.

” Não existe efeito sem causa“, ”Só se colhe o que se planta”, “Na nossa vida temos as nossas escolhas, mas são as nossas escolhas que fazem a nossa vida”. A ingratidão é considerada a mãe dos sentimentos e só achamos que dói quando somos o desconsiderado. 

Deus é espírito e não fala verbalmente, mas, às vezes, usa alguém para expressar o que gostaria de extravasar, e quem sabe não estar me usando como instrumento para tal?

Daqui para frente, antes de prestarmos homenagem a outros deuses, visitemos a nossa consciência, e usemos o discernimento que Ele mesmo nos deu, para não mais ferirmos Aquele que afirma: “Eu sou o teu Deus, além de mim não há outro”.

Irmão MM Osvaldo Nonato Cardoso.
ARLS “Duque de Caxias IX” – Nº 2.198, Oriente de Belém/PA.

MAÇONARIA AUTÊNTICA: VOCÊ PODE E MERECE!



Quando começo a traçar as primeiras palavras deste artigo, faço-o com a consciência de que não posso e não devo ficar inerte.
A minha experiência maçônica me faz concluir que a potência maçônica mais antiga do Brasil está passando por problemas e dificuldades, precisando o mais rápido possível restabelecer o seu prumo.
O maçom pode contribuir para a sua instituição exercendo cargos em Loja e nos poderes maçônicos, sendo obreiro útil, dedicado e cumpridor de todas as suas obrigações. Deverá também ser um estudioso para se aprofundar na essência do simbolismo maçônico e, na medida do possível, contribuir para expandir a Luz para toda a humanidade. Haja vista, que a nossa instituição se mantém há séculos pela preservação de suas tradições, de sua história de lutas e conquistas, pelo fiel acatamento de suas normas, leis e pelo interminável acervo de sabedoria codificado nos seus rituais.
Na medida do possível, quando convidado, tenho estudado junto com outros Irmãos em palestras e instrução do grau 3 em diversas Lojas do Estado do Rio de Janeiro e até de outros estados da federação. Nessas ocasiões, quando os Irmãos de Lojas coirmãs, gentilmente, nos dão essas oportunidades, procuramos interagir e discutir sobre a necessidade de identificarmos o quanto determinadas condutas estão diametralmente opostas aos nossos princípios, postulados e valores morais maçônicos.
Há muitos anos, principalmente nos gratificantes seminários e encontros que realizávamos no GOERJ, já concitava os Irmãos para que colocassem sempre os interesses institucionais acima dos interesses pessoais. Lá se vão quase doze anos e, para nossa angústia e tristeza, salvo melhor juízo, o comportamento e a conduta antimaçônicos de elementos infiltrados em nossa ordem está em franco crescimento. Se tivesse que arriscar um palpite, diria que a pergunta que não quer calar no coração dos Maçons honrados e que, naturalmente, devem estar entristecidos, indignados e estarrecidos com o cenário atual seria: O QUE E COMO FAZER?
Desculpem-me a pretensão, mas posso afirmar que há muitos anos já encontrei o caminho que contém essas respostas! Elas estão contidas no estrito cumprimento da legislação, dos princípios e da ética maçônicos e, na vivência de toda a essência do simbolismo dos rituais.
Só podem ter eficácia quando transbordadas das Lojas Simbólicas, pois são a razão de ser das suas potências, suas mantenedoras, suas formadoras de opinião, seus alicerces e as únicas organizações maçônicas que têm a exclusividade para recrutar, selecionar, recrutar, admitir profanos e formá-los Mestres Maçons.
Diante de todo o exposto, apresento um repertório de condutas maçônicas que, certamente, contribuem positivamente e protegem a nossa ordem das ações e das influências dos infiltrados:
     1. sirva à instituição e não às pessoas;
     2. quando for divergir, que seja de ideias, propostas e condutas, mas com imparcialidade e honestidade, deixando de lado simpatias ou antipatias pessoais;
     3. chame sempre para você a responsabilidade de proteger e defender a instituição, não esquecendo que os nossos maiores inimigos, infelizmente, vestem avental;
      4. não se venda por medalhas, títulos, cargos, alfaias e elogios;
      5. quando for indicar um candidato, não seja um corretor de avental;
      6. seja parceiro fiel e leal da verdade e da justiça, assumindo a inteira responsabilidade do que falar, escrever ou fazer;
      7. nunca se esqueça de que os exemplos falam mais do que palavras e que os Aprendizes, Companheiros e Mestres mais novos precisam de referências;
       8. não seja maçom oportunista ou inconsequente, pois baixaria, truculência e contestação infundada e mentirosa não são compatíveis com as nossas virtudes e princípios, maculando os Templos Maçônicos;
       9. não olhe para um Irmão como se fosse seu superior hierárquico, porém respeite as autoridades maçônicas legalmente constituídas, bem como, se for necessário, exija delas, usando os caminhos e meios legais maçônicos, que desempenhem os seus cargos com dignidade, probidade, humildade e competência, pois não estarão fazendo mais do que sua obrigação; e
      10. seja um obreiro útil, humilde, dedicado, competente, de atitude e instruído nos augustos mistérios da Arte Real, pois, caso contrário, poderá ser manipulado e inconscientemente prestar serviços para aqueles pseudos- maçons que representam a antimaçonaria.

CONCLUSÃO

Por entender que a conclusão tem caráter pessoal, convido os Irmãos leitores para que sejam coautores deste artigo, pois, na Maçonaria, entre outras coisas, vim submeter à minha vontade.

Enviado Pelo Ir.’. Newton de Alcantara Filho • M.’.I.’. Membro da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Jesus Christo n° 1718 • GOB/RJ
“É Polindo a nossa imensa P.’.B.’. que viveremos em Paz e venceremos as nossas lutas.”


CONSTRUIR MAÇONARIA



Precisamos fazer e construir maçonaria. Para tanto, é necessário falar sobre e da maçonaria. Parece difícil, mas é possível, é só querer.

A sublimação da maçonaria se estende pelos meandros da necessidade individual com proselitismos açambarcados pela vaidade. No mundo cristão, a diversidades de rótulos e procedimentos, desde os adoradores aos mais tementes de um deus criado à própria conveniência, descortinam-se em curto prazo, cruéis  rivalidades fundamentalistas.
E, não pensem os diletos irmãos estarmos livres de uma estreita correlação ao fenômeno, pois, a maçonaria abraçou este movimento com características próprias. Talvez pela extravagância, não estamos em condições mais desagradáveis, apesar das partições vinculadas, exclusivamente, à fome do poder, ansiedade indomável elaborada pela farda proporcionada pelos poderes ilusórios. Ilusórios, mas que satisfazem um desejo incontido de realização do próprio ego.
Ao se permitirem a pluralidade de ritos, não se pensou na displasia e suas consequências quando, como se já não bastassem os aventais lantejoulados, ainda a absurda procura do rito melhor, mais religioso, puro, prático, tudo que se possa imaginar para diferenciar e julgar quem é mais quem. Quem é o mais belo.
Ao invés de se procurar a consolidação, o fortalecimento, procura-se o mais prático sem levar em conta que nem sempre, o prático é o correto. Já somos possuídos pelo terror incauto do tratamento “irmão”, quando surgem os que agregam o título “amado”, isto é,  a hipocrisia fomentadora da falência dos princípios que, pelo menos, deveriam predominar na instituição. Sem falar na maratona dos graus.
Não nos damos conta porque a vaidade é dominadora absoluta obrigando o maçom pensar com o estômago e o cérebro, uma caixa de comandos. Como evidencia Frei Betto, passamos a desconhecer o que seja a alteridade, isto é, “ser capaz de apreender o outro na plenitude da sua dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença. Quanto menos alteridade existe nas relações pessoais e sociais, mais conflitos ocorrem.”
A maçonaria dissociou-se da realidade, não mais interessa transpor as paredes de um templo porque ali há satisfação de poder, luxúria e vaidade. São comensais de frases feitas que satisfaçam egos personalizados pelo narcisismo.
Houvera-me preconizado um ideal em minha iniciação, em 1977, que “ao Aprendiz Maçom, foi deflagrada não uma batalha, mas uma nova forma de comportamento, através da virtude de que nada mais é, o galgar passos cultivando a arte, que o levará de um caos inicial, ao conhecimento profundo do significado de sua existência, ao amor, à paz e ao estágio de um homem de bem, combatendo a ignorância, a tirania, os preconceitos e os erros.”

Mas o maçom parece desconhecer o que se passa no coração. Individualizou-se, oportunizou-se às conveniências de seu campo de domínio. Suas ações parecem desconhecer o triunvirato do comportamento ideal em um meio, quando a censura ética obriga, antes de qualquer ação, perguntar-se a si mesmo diante de uma triangulação perfeita, ou seja, em cada vértice, as expressões: eu quero (?) – eu posso (?) – eu devo (?).
Provavelmente fácil seria quando, assim pincelando na última crônica de Frei Betto: “Todos os místicos, de Pitágoras a Buda, de Plotino a João da Cruz, de Teresa de Ávila a Thomas Merton, buscaram ansiosamente isto que uma pessoa apaixonada bem conhece: experimentar o coração ser ocupado por  Outro que o incendeie e arrebate. Esta é a mais promissora das “viagens”. E tem nome: amor.”
Pedro Moacyr Mendes de Campos
Florianópolis, SC

ANALFABETISMO MAÇÔNICO



O analfabetismo de ontem era o iletrado, não conhecedor do alfabeto, hoje analfabeto é aquele indivíduo que mesmo sabendo ler não consegue interpretar um texto, ou seja, não entende o que leu. Isso ressalta no Brasil uma marca de aproximadamente 30 milhões de analfabetos.
O desígnio da Maçonaria é, em suma, o de tornar o homem maçom mais sábio e melhor, e consequentemente, mais feliz. A sabedoria é inútil a menos que se ponha em prática. Se você não estiver disposto a vivenciar a maçonaria, não procure conhecer os seus grandes mistérios. Esse conhecimento traz em si a responsabilidade do uso e da obediência: é impossível esquivar-se dessa responsabilidade.
Deveríamos, e poucos IIr.’. procuram, estudar, entender, compreender e interpretar melhor o significado real de algumas passagens dos textos primitivos da Maçonaria, anterior à instrução da primeira Grande Loja de Londres e a Constituição de Anderson.v
Dentro da instituição Maçônica, existem diversos segmentos a serem seguidos, tais como: a ação política maçônica; defesa dos interesses da comunidade; avaliação internamente dos problemas estruturais da sociedade, etc. Mas é de fundamental importância, procurarmos ler e interpretar nossos rituais bem como nosso riquíssimo simbolismo.
O maçom, dentro do seu campo de atuação, pode-se assim concluir, que ele está certo, mas há de nos conscientizarmos, ou seja, existem IIr.’. que, apesar da capacidade de ler, maçonicamente não possuem capacidade de interpretar ou entender o que foi lido.
A interpretação da nossa simbologia, que além de importante, é de inteira responsabilidade individual de cada um de nós; e é no processo dessa interpretação pessoal que se pode entender a sobrevivência da nossa Ordem Maçônica como um “mistério”.
Para que possamos, com o secreto que se reserva entre nós, o de conhecermos entre si em qualquer parte do mundo e a forma de interpretar símbolos e seus ensinamentos. Isso só se torna conhecimento desde quando fomos iniciados.
Na nossa instituição maçônica, ouvimos e falamos muito em filantropia, mas a verdadeira filantropia deve estender-se a todos os homens, indistintamente. Filantropia verdadeira é ajudar o semelhante a emergir de sua pobreza material, de seu analfabetismo, de sua ignorância, devolvendo-lhe o amor próprio e a responsabilidade social.
No seio da nossa instituição, por meio dos nossos ensinamentos e do próprio simbolismo, a sabedoria é um crescimento da alma, e a recompensa do trabalho e do esforço, que não pode ser adquirida se não pelo seu igual valor em sacrifício. Cada vez que você progride ao olhar para trás, perceberá ter passado pelo altar dos sacrifícios, algo que representa o trabalho de suas mãos e de seu coração, simbolizando que, por meio do trabalho, retribuirá aos seus IIr.’. e à humanidade os benefícios que recebeu gratuitamente.
Respeitando-se integralmente os Landmarks e os 33 mandamentos da Maçonaria e, considerando as faixas de ação da política maçônica, concluímos que devemos nos empenhar, como IIr.’. e instituição (Lojas), em defesa dos interesses maiores da comunidade. Isso significa fazermos política comunitária; discutir e avaliar internamente os problemas estruturais da sociedade em que vivemos, ajudar a encontrar soluções e colaborar em suas implementações. Acredito, e boa massa de IIr.’. também acreditam, que neste Brasil afora muitas Lojas vêm fazendo exatamente isso, seja nas áreas educacional, de assistência social, de saúde pública, de ecologia e tantas outras.
Para finalizar, é importante repassar e dizer que, talvez porventura, no século XVIII se justificasse o analfabetismo nos diversos segmentos. Então imperava o analfabetismo, muitas das ciências davam os primeiros passos, o Iluminismo era ainda recente… mas, nos dias atuais, que interesse e justificação têm pedir-se a homens cultos, muitos licenciados e doutorados que … estudam o homem e as ciências e as artes? Tudo isso são interrogações legítimas, preocupações compreensivas, hesitações evidentes. Mas por tudo isso é necessário passar, para se concluir a formação maçônica.

Enviado pelo Irm.’.José Valdeci de Souza Martins

VOCÊ QUER SER MAÇOM?



Nada é tão oculto que não possa ser conhecido, ou tão secreto que não possa vir à luz. O que vos digo nas trevas que seja dito na luz. E o que ouvirdes em sussurro, proclamai do alto do edifício (Jesus Cristo).

Ninguém confia naquilo que não compreende. Não fomos designados para justificar, defender ou louvar a Maçonaria. Mas nesses trinta anos de membro dessa Sublime Ordem, só a temos visto praticar o bem e nunca fazer nenhum mal.

Aprendemos que aqueles que se centram na verdade, na retidão, na bondade, justiça, honestidade e humildade, estão interligadas com os laços de amor e que a Maçonaria se considera um sistema peculiar de moralidade baseada no amor fraternal, no apoio mútuo e na verdade.

Quando fui convidado para ser Iniciado na Maçonaria, como nada me havia sido recomendado, mas sabendo, entretanto, que, segundo Sócrates, o “reconhecimento da ignorância é o princípio da sabedoria”, indaguei a meu proponente (padrinho) como poderia me tornar Maçom.

Fui informado que só poderia conceber tal esperança pela regularidade de meu comportamento, através de minhas ações demonstradas pelo caráter e expressas pela vivência em retidão e fidelidade, pela crença em Deus, sendo tolerante com os princípios religiosos de cada um e que o restante residia na habilidade individual de "fazer aos outros como se faz a si próprio". Na verdade o mais importante não é o que se deve fazer para ingressar na Sublime Ordem, mas o que o interessado tem feito na vida. Se esta for considerada digna, ele será admitido. E tudo seguiu até o dia que enxergamos a Verdadeira Luz.

Maçonaria nos EEUU: - Não é segredo que a Maçonaria foi uma grande força por trás da Revolução Americana e da fundação da República dos Estados Unidos da América. Os homens que criaram os Estados Unidos da América ou eram eles mesmos ativos Maçons ou estavam em contato constante com os Maçons. Eles usavam os pensamentos que haviam se desenvolvido na Inglaterra durante o século anterior como blocos para a construção de sua própria Constituição.

Dos homens que assinaram a Declaração de Independência em quatro de julho de 1778, os seguintes eram Maçons: William Hooper, Benjamin Franklin, Matthew Thornton, William Whipple, John Hancock, Philip Livingston e Thomas Nelson. Maçons ativos eram também muitos lideres do Exército, entre eles Greene, Marion, Sullivan, Rufus, Putnam, Edwards, Jackson, Gist, barão Steuben, barão Kalb, o marquês de Lafayette e o próprio George Washington.

Quando Washington foi empossado como primeiro Presidente da República a 30 de abril de 1789, foi pelas mãos do Grão-Mestre de Nova York que ele prestou seu juramento sobre uma Bíblia maçônica, que normalmente era usada como Livro da Lei Sagrada na Loja St John, nº 1, filiada à Grande Loja de Nova York. Ele havia sido Maçom por toda a sua vida adulta, tendo sido iniciado na Loja de Fredericksburg cinco meses antes de seu vigésimo primeiro aniversário na sexta-feira quatro de novembro de 1752.

Quando Washington foi empossado como primeiro Presidente dos Estados Unidos da América ele já era membro da Ordem há quase trinta e seis anos, e era membro da Loja Alexandria nº 22.

A 18 de setembro de 1793, George Washington assentou a pedra-angular do edifício do Capitólio em Washington, e junto com seus companheiros estavam todos vestidos em traje maçônico completo com todos os paramentos.

Finalidade da Loja Maçônica: - Entre outras: “dar ao homem condições de estudar Maçonaria e aplicá-la a si mesmo e ao próximo, quer no comportamento individual como nas relações sociais, atuando no processo dinâmico do saber com esse conhecimento”.

A Loja Maçônica é uma escola com uma estrutura de fraternidade, diálogo, entendimento e dinamismo. Através da reforma moral de seus afiliados, procura fazer do Maçom, um homem de bem, pelas posturas básicas do lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

a) A Liberdade - é a tônica das pregações, dos ensinamentos. A Liberdade é infinitamente mais importante do que as demais metas maçônicas, porque sem ela as outras não podem subsistir. Sem Liberdade, a vida é carga pesada, é nau à deriva, sem rota e sem destino. Maçonaria é Liberdade.

b) A Igualdade – é um dos magnos princípios maçônicos, já que a Maçonaria considera iguais todos os homens, independentemente de raça, cor, nacionalidade e credo religioso. Um Maçom deve cultivar a igualdade como se fosse uma virtude! As diferenças sociais ferem e aviltam; a operosidade maçônica detém-se, também, nesse campo.

c) A Fraternidade – o primeiro mandamento é o “amai-vos” para que a única lei verdadeira, a do amor, possa prevalecer entre os homens a união, o afeto de Irmão para Irmão; o amor que deve unir todos os membros da espécie humana; a união ou convivência entre Irmãos; O principal dever de um Maçom, é a amizade, o afeto, a união, o carinho, ou seja, tudo aquilo que a verdadeira fraternidade exige.

Virtude: – Para a Maçonaria, a virtude é a disposição habitual para o bem e para o que é justo e, por isso, nela se vê a prova da perfeição e o protótipo ideal do Maçom. Reunindo toda a Moral em quatro virtudes, que denominaram cardeais, isto é, preeminentes ou principais, em torno das quais giram todas as outras ou das quais dependem as outras. Estas qualidades foram posteriormente classificadas como: Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça.

Temperança: - Tem como base a moderação que permite satisfazer as justas necessidades do corpo, sem exagerar nos prazeres. Essa virtude é particularmente recomendada aos Iniciados pelos Rituais Maçônicos, devendo ser o Maçom senhor de si mesmo, moderado em seus apetites e paixões, usufruindo com medida dos bens da vida e utilizando-os para atingir objetivos mais elevados.

Fortaleza:- Diz-se “espírito forte” para quem suporta as vicissitudes da vida; esta fortaleza de ânimo espelha um caráter bem formado. O Maçom prima por robustecer-se, ao frequentar assiduamente os trabalhos de sua Loja, pois, “recarregando as suas baterias”, terá meios de enfrentar e vencer os obstáculos que se apresentarem.

O grupo maçônico é de apoio; basta que o Maçom em necessidade dê conhecimento de sua situação (pois ninguém sabe o que calado quer), para que obtenha os meios para superar a crise.
O Maçom jamais deve considerar-se só e abandonado, porque, na realidade, ele possui uma família numerosa, onde os Irmãos estão ansiosos para auxiliá-lo.

Prudência: Em nossos dias, de tanta confusão social e familiar, neste mundo tão complicado, quem não for prudente, sucumbirá logo. A prudência é necessária em todas as circunstâncias e ela faz parte de um conjunto de exigências, como a previsão, o conhecimento, a pesquisa etc.

A Maçonaria cultiva as virtudes, e no feixe amplo está a Prudência, que é sinônimo de precaução, alerta, vigília e tudo o mais.

O Maçom Prudente guarda os sigilos da Instituição e assim evitará a profanação. A Prudência não “ampara” somente a primeira pessoa, mas protege o grupo todo.

Justiça: Em direito natural, consiste em tratar cada um de acordo com o seu direito, dando-lhe o que lhe é devido. Na Maçonaria, esta virtude à qual são obrigados todos os Maçons, é realçada a sua necessidade e importância. Como não pode ser homem de bem aquele que não é justo, por essa razão o Maçom deve praticá-la continuamente, não se desviando jamais da mínima parcela.

A Maçonaria reconhece e incentiva a prática das quatro virtudes cardeais, além das três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade, são virtudes pelas quais o homem supera a si mesmo. Essas virtudes são mais intimamente ligadas com as relações existentes entre o homem e Deus.

A Fé é uma virtude pela qual o fiel crê nas verdades reveladas por Deus. As pessoas dizem que têm fé, porque vão aos templos e fazem orações. Isso é prática religiosa. Fé pode-se encontrar mesmo no ateu, desde que ele aceite as dificuldades contra as quais luta, mas sem reclamar. A fé é a certeza de que tudo o que acontece está sob o controle de uma Lei Maior, sábia e perfeita.

A Esperança é a virtude pela qual o homem espera de Deus, com firme confiança, a graça durante a vida e o céu depois da morte. Em todos os momentos da vida, sempre há uma esperança a nos sustentar; com amor, o Maçom deve ter esperança, pois esta é a ultima ansiedade que morre.

A Caridade – Para que um Maçom revele seu caráter caritativo, faz-se necessário despertar nele o sentimento de altruísmo e solidariedade, dirigindo o seu interesse em direção aos demais, ao próximo e aos necessitados.

O Maçom deve cultivar essa virtude iniciando como se fora um hábito; a quem lhe estende a mão, deve atender; o pouco dado pode amenizar a necessidade.

Irm.’. Valdemar Sansão – M.’. M.’.

Fonte INTERNET - Obra: “A CHAVE DE HIRAM (Christoher Knight & Robert Lomas) Edit. Landmark.
Fonte: http://www.brasilmacom.com.br/vocequersermac

GRAU DO POMBO



Esta é uma estória real que ocorreu em Loja da Maçonaria Simbólica. Um Irmão da Loja Coral Gables nº. 260 relatou-me os seguintes fatos: 

     Alguns anos atrás, a Loja estava tendo problemas com um bando de pombos que resolveu fazer seus ninhos no telhado da Loja. Estes pombos trouxeram um imenso mau cheiro com seus dejetos, que por sua vez, atraíram a mais variada gama de insetos. O Venerável Mestre e os outros Oficiais da Loja ficaram alarmados com a situação e formaram uma comissão para tratar do problema dos pombos. 

     A comissão se reuniu em busca de uma solução definitiva para a remoção dos pombos. A primeira coisa que a comissão fez foi ir até  o telhado e amarrar tiras de tecido em vários locais para tentar assustar os pombos. Este reforço não funcionou e os pombos permaneceram no telhado 

     A comissão então, com planejado, comprou algumas corujas falsas e as colocou em várias áreas de telhado, novamente tentando assustar os pombos. Novamente estes esforços não surtiram efeito e os pombos não só permaneceram, como se multiplicaram, de modo que já cobriam o telhado. 

     Após várias tentativas infrutíferas, a comissão contratou uma companhia especializada em remoção de pombos, que inclusive garantia por escrito que expulsaria os pombos ou então devolveriam o dinheiro. Essa companhia foi até o prédio da Loja e passou as semanas seguintes tentando retirar os pombos. Todas as tentativas falharam e a companhia devolveu o dinheiro da Loja. 

     Meus Irmãos, eu fico feliz em lhes dizer que o problema dos pombos não teve um final triste. Ocorre que no mês seguinte o Poderoso Grão-Mestre dos Maçons da Flórida foi a Miami para tratar de alguns negócios maçônicos e foi até a Loja de Coral Gables para uma visita não oficial. Após o término da sessão e da loja ter sido fechada, os Oficiais, membros e visitantes foram para o refeitório, onde tinha sido preparado um jantar.

Próximo ao fim do jantar o Grão-Mestre perguntou ao Venerável Mestre da Loja como estava os trabalhos maçônicos da Loja. O Venerável contou ao Grão-Mestre que todos os assuntos da Loja e todos os trabalhos ritualísticos estavam se desenvolvendo dentro dos princípios da Maçonaria e que o único problema que a Loja tinha eram os pombos no telhado. O Venerável relatou todas as tentativas fracassadas de expulsar os pombos, que a situação estava saindo do controle e que a Loja não conseguia encontrar uma solução para acabar com este problema. 

     Meus Irmãos, talvez possa parecer estranho, mas todos os Irmãos da Loja de Coral Gables podem confirmar que o que vocês irão ler em seguida é a mais pura verdade que aconteceu naquela Loja. Após ouvir o relato do Venerável, o Grão-Mestre se levantou e disse que ele poderia resolver o problema dos pombos naquele exato momento. O Grão-Mestre pediu que lhe mostrassem a escada para o telhado e, sendo seguido em cortejo pelo Venerável e pela Comissão dos Pombos, subiu até o teto da Loja. Lá, o Grão-Mestre viu os milhares de pombos, elevou as mãos para o céu e pronunciou as seguintes palavras: 

     “Pelos poderes que me foram investidos. Eu declaro todos os pombos Mestres Instalados desta Loja”. 

     Mal o Grão-Mestre acabou de falar estas palavras, todos os pombos levantaram voo e desapareceram e nunca mais voltaram para a Loja. 



     Obrigado, meus Irmãos, pela sua atenção de ler e compreender esta importantíssima peça da sabedoria maçônica. Eu sei e acredito que todos vocês entendem o Grau do Pombo.

Ir.’. John E. Gardne, PM
Coral Gables Lodge, 260, The Florida Mason. Vol. 10. Issue 3.Nov.2003. 

Contribuição do Ir. Valter Martins Toledo, Or. de Coritiba/PR.

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