O VISITANTE & O RITUAL




Apesar de ser um tema um pouco polêmico, e por isso é certo que alguns Irmãos 
discordarão do aqui exposto, sua abordagem é importante para a promoção da reflexão e do debate entre os Irmãos.

Existem três forças que, apesar de distintas, estão relacionadas: a regra legal, que é imposta; a regra social, que é respeitada; e a educação, maçonicamente chamada de “bons costumes”, que leva o cidadão a respeitar a regra social e a obedecer a regra legal.

No Japão há uma antiga tradição de tirar os sapatos para entrar em casa. Se você está no Japão e visita a casa de um japonês, é claro que você tira os sapatos. Não é por você não ser japonês que desrespeitaria tal regra social. Da mesma maneira, um japonês, ao visitar o Ocidente, não sai tirando os sapatos em todo lugar que entra, pois respeita as convenções sociais daqui.

Já na Inglaterra, as mãos do trânsito são invertidas: os carros trafegam pelo lado esquerdo da via, com o lado direito do carro voltado para o centro. Quando você vai para a Inglaterra, é evidente que você não teima e dirige como se estivesse no Brasil. Assim como um inglês no Brasil não dirige na contramão. Ele segue nossas regras legais.

Existem também instituições cujos regimentos exigem do homem o uso de terno e gravata. Poderia um pescador que nunca usou uma gravata exigir sua entrada de bermuda e chinelo? E um índio que ingressa nas Forças Armadas, está dispensado do uso de uniforme por conta de sua cultura?

Seja numa casa no Japão, numa rua de Londres, num Fórum de uma cidade, num quartel no meio da selva ou em qualquer outro lugar do mundo, as pessoas de bem respeitam as regras sociais e se sujeitam às regras legais do local onde estão. Na Maçonaria, fraternidade de cidadãos exemplares, todos homens livres e de bons costumes, isso não deve ser diferente.

Porém, muitas vezes assistimos simbologias e ritualísticas serem quebradas por visitantes crentes que devem seguir as regras de suas Lojas, e não da Loja que estão visitando. Uns não respeitam o modo de circulação do rito adotado pela Loja visitada, talvez com receio de estarem ferindo o que aprenderam em suas próprias Lojas.

Outros, Mestres Maçons, insistem em utilizar todos os paramentos e acessórios maçônicos de um Mestre ao visitarem uma Loja no grau de Aprendiz de outros ritos, porque assim é feito no seu rito. Esses últimos ignoram o fato de que na maioria dos ritos o uso do Chapéu numa Loja de Aprendiz é restrito ao Venerável Mestre, sendo representativo de sua autoridade e governo da Loja, simbolismo esse muito bem reforçado nas Instalações. Quando, nesses casos, visitantes utilizam chapéu, estão anulando a representatividade da autoridade do Venerável Mestre anfitrião e, de certa forma, ferindo o simbolismo do rito visitado.

As regras, simbolismo e ritualística de seu rito alcançam somente as reuniões dele. Ao visitar Lojas de outros ritos, respeite as regras sociais e siga as regras legais do mesmo. Não importa se na sua Loja o certo é assim ou assado. Os “bons costumes”, que todo maçom deve observar, ditam que, na casa dos outros, você tem que dançar conforme a música. Como muito bem ensina o ditado: “Quando em Roma, faça como os romanos”.


Postado por Kennyo Ismail

NÃO SEJAS MAÇOM!




Se desejas enriquecer não sejas maçom, pois o patrimônio de um maçom não é avaliado pelos seus bens, mas pelas suas atitudes

Se és orgulhoso nunca sejas maçom, pois a humildade é uma virtude constante, demonstrada em todos os momentos!

Se és fundamentalista religioso não sejas maçom, pois religião não salva ninguém, o maçom não é religioso, mas vivencia a sua religião!

Se o seu ideal de conquista são os prazeres , não sejas maçom, devemos ignorá-los, pois são temporários!

Se tens medo da morte jamais sejas maçom, pois a certeza da existência de um Ser Superior e a alegria da imortalidade da alma são o maior tesouro que podemos ter

Não sejas um maçom, mas O maçom; não estejas apenas envolvido , como parte: Compromete-te com nossas propostas.Faças a diferença!

Não sejas o pior, não sejas o melhor, sejas tu mesmo, em aperfeiçoamento!

Se és arrogante não sejas maçom, pois o desprezo é sintoma de maldade, e a maldade é a principal inimiga do maçom

Se és omisso não sejas maçom, pois a iniciativa é notável virtude no maçom! 

Se és preconceituoso não seja maçom, pois a igualdade ( que fomenta a justiça ), é um pilar estrutural na vida do maçom!


POR QUE MORRE UMA LOJA?




Os corpos Maçônicos morrem pela observância / inobservância de quaisquer das
seguintes ações e atitudes:

1. Por não se freqüentar os seus trabalhos;
2. Pela falta de energia do Venerável;
3. Pela falta de atividade do Secretário;
4. Pela falta de empenho do Tesoureiro;
5. Por não se chegar nunca na hora do início dos trabalhos;
6. Por não se querer aceitar cargos;
7. Por se estar sempre disposto a criticar e nunca disposto a fazer;
8. Por procurar-se encontrar sempre algum defeito nos trabalhos da Oficina;
9. Por desgostar-se em não ser indicado para integrar alguma Comissão;
10. Por não se desempenhar seu trabalho;
11. Por não se emitir opinião franca e leal sobre os assuntos consultados, e
criticar depois, a alternativa seguida;
12. Por pensar e exteriorizar opinião que desabone oficiais e dignidades;
13. Por ser intempestivo, arrogante, vaidoso ao ponto de não reconhecer seus
próprios erros;
14. Por fazer-se uso da palavra para agredir e tratar assuntos políticos e
religiosos, proibidos em Loja;
15. Por acreditar-se perfeito, infalível e superior;
16. Por aspirar-se a todos os direitos e não se cumprir com os deveres;
17. Por não se praticar na vida profana a conduta que devemos ter com os
Irmãos;
18. Por não se respeitar as opiniões nem os direitos maçônicos e profanos,
civis, econômicos e sociais, de todos os Irmãos;
19. Por acreditar-se que nossos Irmãos têm obrigações e nós, somente
direitos;
20. Por semear-se ressentimentos entre os membros;
21. Por exaltar-se a vaidade de um Irmão às custas de outro;
22. Por discutir-se sem ilustrar;
23. Por trabalhar-se sempre para si próprio;
24. Por fazer-se monótonas as reuniões;
25. Por negar-se sistematicamente todo esforço em prol da Oficina;
26. Por falta de disciplina;
27. Por converter-se a Loja numa sala de conversa após abertos os trabalhos;
28. Por fazermos eco de aversões contra um Irmão em vez de defendê-lo;
29. Por converter em sementeira de rivalidades e ódios o que deveria ser um
dulco de freternidade harmonia;
30. Por dizer-se, hipocritamente, em Loja: "O Querido Irmão fulano de tal*"
e dizer, maldosamente na rua: "O sem vergonha do fulano de tal*"
31. Por ser intransigente em tudo, até para pagar as mensalidades;
32. Por desejar-se ser sempre Venerável ou quando menos Vigilantes, e nunca Secretário, Tesoureiro ou Guarda Externo.
33. Por apatia e falta de lealdade aos juramentos.

Traduzido da Revista Masónica de Chile, Ano XXVlll, nºs 1 e 2 - 1951.

Irmão Paulo Edgar Melo
ARLS Cedros do Líbano n° 1688 – Miguel Pereira/RJ            

O QUE É A MAÇONARIA?





- A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.


Por que é Filosófica?

-É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.


Por que é Filantrópica?

- É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem-estar do gênero humano, sem distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.


Por que é Progressista?

- É progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculo ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão o da razão com base na ciência.


Quais são os seus princípios?

- A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ou nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e, portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações.


Qual o seu lema?

- Ciência - Justiça - Trabalho: Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los; Justiça, para equilibrar e enaltecer as .relações humanas; e Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade.


Qual é seu objetivo?

- Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.


O que entende a Maçonaria por moral?

- Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça.


O que entende a Maçonaria por virtude?

- A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante o sacrifício e nem mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.


O que entende a Maçonaria por dever?

- A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém não basta respeitar a propriedade apenas, mas, também, devemos proteger e servir aos nossos semelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: "Respeito a Deus, amor ao próximo e dedicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal.


A Maçonaria é religiosa?

- Sim, é religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual se dá, o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, porque é uma entidade espiritualista em contra posição ao predomínio do materialismo. Estes fatores que são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do UNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade maçônicas.


A Maçonaria é uma religião?

- Não. A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos homens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.


Para ser Maçom é necessário renunciar à religião a qual se pertence?

- Não, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem em um só Criador, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus. Geralmente existe essa crença entre os católicos, mas ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, o Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América Central; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez; Padre Diogo Antonio Feijó; Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino, Frei Caneca e muitos outros.


Quais outros homens ilustres que foram Maçons?

- Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; Escritores como Castellar, Mazzini e Espling.


Somente na Europa houve Maçons ilustres?

- Não. Também na América existiram. Os libertadores da América foram todos maçons. Washington nos Estados Unidos; Miranda, o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin e O'Higgins, na Argentina; Bolivar, no Norte da América do Sul; Marti, em Cuba; Benito Juarez, no México e o Imperador Dom Pedro I no Brasil.


Quais os nomes de destaque no Brasil que foram Maçons?

-D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.


Então a Maçonaria é tolerante?

- A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus. membros a mais ampla tolerância. Respeita as. Opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar situações de privilégio a qualquer uma delas em particular.


O que a Maçonaria combate?

- A ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação e os privilégios.


A Maçonaria é uma sociedade secreta?

- Não, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do ingresso na instituição, são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.


Quais as principais obras da Maçonaria no Brasil?

- A Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa.


Quais as condições individuais indispensáveis para poder pertencer a Maçonaria?

- Crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou oficio lícito e honrado que lhe permita prover suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação das obras da Instituição.


O que se exige dos Maçons?

- Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que as regem; amor à Pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento às leis do país em que viva, etc. E em particular: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta correta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do seu tempo para assistir às reuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda a sua plenitude. Ademais, se proíbe terminantemente dentro da instituição, as discussões políticas e religiosas, porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar que sejam divididos por pequenas questões da vida civil.


O que é um Templo Maçônico?

- É um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que lhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-lhes meditar tranqüilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente os valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.


O que se obtêm sendo Maçom?

- A possibilidade de aperfeiçoar-se, de instruir-se, de disciplinar-se, de conviver com pessoas que, por suas palavras, por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontrar afetos fraternais em qualquer lugar em que se esteja dentro ou fora do país. Finalmente, a enorme satisfação de haver contribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito pelos homens.

A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade, à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas.

O segredo maçônico, que de má fé e caluniosamente tem se servido os seus inimigos para fazê-la suspeita entre os espíritos cândidos ou em decadência, não é um dogma senão um procedimento, uma garantia, uma defesa necessária e legítima, porém como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu dever correlativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempos e segundo os países.

A Maçonaria não tem preconceito de poderes, e nem admite em seu seio, pessoas que não tenham um mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma profissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, fazer face às despesas da sociedade e socorros aos necessitados.


Pesquisa realizada pelo Irmão Paulo Edgar Melo
ARLS Cedros do Líbano n° 1688- Miguel Pereira/RJ
Fonte: Constituição do GOB e Pesquisa Internet 

ORAÇÃO DA PAZ

                           


 Senhor Meu Deus, meu criador, meu Pai!
                           Que o Amor, a Verdade e a Justiça inundem o meu ser:
                           - para que os meus pensamentos sejam de Fé;
                           - as minhas palavras sejam de Esperança;
                           - os meus atos sejam de Fraternidade.                           
                           A fim de que eu Te possa pedir, meu Deus:
                            - Saúde, Saúde, Saúde – para toda a humanidade;;   
                        Paz, Profunda Paz – para todas as Criaturas; para todas as Famílias;; para todas as Nações.               
                           A fim de que eu ainda te possa rogar, meu criador, meu Pai:
-        Que Protejas a Maçonaria;
-        Que faças com que os Maçons se entendam, se estimem, se dêem as Mãos.
                           Para que todos os Irmãos, como um só corpo, uma só mente, comungando em um Único Propósito, possam auxiliar os homens a serem felizes a Te louvarem, por Tua Infinita Misericórdia:
-        Permitindo-nos existir e
-        Fazendo-nos Teus Filhos.

                                                (IrMário Leal Bacelar)
                      


QUANDO OS MAÇONS TORNAM-SE DESNECESSÁRIOS...




Segue na íntegra um texto retirado do livro intitulado "Ao Secretário de Uma Loja...". O autor do livro diz desconhecer o autor do texto e haver retirado da internet com a indicação de ter sido publicado na revista "O Delta":

Os Maçons Tornam-se Desnecessários Quando...

Ø Decorrido algum tempo de sua Iniciação ao primeiro grau da Ordem, já demonstram desinteresse pelas sessões, faltando constantemente, demonstrando não estarem comprometidos com a Instituição, apesar de terem aceito a Iniciação e terem feito um juramento solene;

Ø Ao tempo da apresentação de trabalho para aumento de salário, não tem amínima idéia dos assuntos dentre os quais podem escolher os seus temas. Simplesmente copiam alguma coisa de um livro e apresentam-no, pensando que ninguém vai notar;

Ø Durante as sessões, já "enturmados", ficam impacientes com as instruções,com as palestras ou com a palavra dos Irmãos mais velhos, achando tudo uma chatice, uma bobagem que atrasa o ágape e a esticada;

Ø Ainda Companheiros, começam a participar de grupos para ajudar a eleger o novo Venerável e, não raro, já pensando seriamente em, assim que chegarem a Mestres, começarem a trabalhar para obter o "poder" na Loja;

Ø Mestres, não aceitarem que ainda não sabem nada a respeito da Ordem e acharem que estudar e comparecer ao máximo de sessões do ano é coisa para administração, para companheiros e aprendizes;

Ø Mestres, a participarem das eleições como candidatos a algum cargo na Loja, principalmente para o de Venerável, e não forem eleitos, sumirem ou filiarem-se a outra Loja onde poderão ter a "honra" de serem cingidos com o avental de M.'. I.'., que é muito mais vistoso do que o de um "simples" Mestre;

Ø Já Mestres e até participando dos graus filosóficos não terem entendido ainda que o essencial para o verdadeiro Maçom é o seu crescimento espiritual, a sua regeneração, a sua vitória sobre a vaidade e os vícios, a aceitação da humildade e o bem que possam fazer aos seus semelhantes; e que, a política interna, a proteção mútua, principalmente na parte material, é importante mas não essencial;

Ø Como Aprendiz, Companheiro ou Mestre, não entenderam que a Loja necessita que suas mensalidades estejam rigorosamente em dia, para que possam fazer frente às despesas que são inevitáveis;

Ø Como Veneráveis Mestres, deixam o caos se abater sobre a Loja, não sendo firmes o suficiente para exercer sua autoridade; não tendo um calendário com programação pré-definida para um período; não cobrando de seus auxiliares a consecução das tarefas a eles determinadas, e não se importando com a educação maçônica, que é primordial para o aperfeiçoamento dos Obreiros;

Ø Como Vigilantes, não entendem que, juntamente com o Venerável Mestre, devem constituir uma unidade de pensamento, pois em todas as Lojas nas quais um ou os dois Vigilantes não se entendem com o Venerável, o resultado da gestão é catastrófico;

Ø Como Guarda da Lei, nada sabem das leis e regulamentos da Potência e de sua própria Loja, e usam o cargo apenas para discursos ocos e intermináveis;

Ø Como Secretários, sonegam à Loja as informações dos boletins quinzenais, as correspondências dos Ministérios e, principalmente, os materiais do departamento de cultura, que visam dotas as Lojas de instruções e conhecimentos que normalmente não constam dos rituais, e são importantes para a formação do Maçom;

Ø Como Tesoureiros, não se mostram diligentes com os metais da Loja, não se esforçam para manter as mensalidades dos Irmãos em dia e não se importam com os relatórios obrigatórios e as prestações de contas;

Ø Como Hospitaleiros, não estão atentos aos problemas de saúde e dificuldades dos Irmãos da Loja. Quando constatamos que em grande número de Lojas, com uma freqüência média de vinte Irmãos, se recolhe um tronco de beneficência de R$ 10,00 (dez reais) em média, todos são desnecessários, pois a benemerência é um dever do Maçom;

Ø Como Chanceleres, não dão importância aos natalícios dos Irmãos, cunhadas, sobrinhos e de outras Lojas. Quando, em desacordo com as leis, adulteram as presenças, beneficiam Irmãos que faltam e não merecem este obséquio;

Ø Quando a Instituição programa uma Sessão Magna Pública para homenagear alguém ou alguma entidade pública ou privada, constata-se a presença de um número irrisório de Irmãos, dando aos profanos uma visão negativa da Ordem, deixando constrangidos aqueles que se dedicaram e se esforçaram para realizar o evento à altura da Maçonaria. Todos esses Irmãos indiferentes, que não comparecem habitualmente a essas sessões, são desnecessários à nossa Ordem.

Paulo Edgar Melo
Membro da ARLS Cedros do Líbano 1668 – GOB/RJ

HISTÓRICO DA ARLS CEDROS DO LÍBANO N° 1688


                           

                             Em 05 de maio de 1966 é fundada a ARLS Cedros do Líbano n 1688. Formada, inicialmente, por funcionários da antiga RFFSA, funciona por algum tempo, porém, em razão da transferência de alguns Irmãos, encerra suas atividades e assim permaneceu por mais de dez anos.


                                No dia 16 de junho de 1984, às 10 horas da manhã, na Rua Dr. Osório de Almeida em Governador Portela, os Irmãos Iran de Mattos Egypto, Júlio Sergio Ferreira, Sebastião José Soares Valente, Corintho de Almeida Junior, Adélio Francisco Correa, Abdan Gedeon, Nelson Simões Lima, Paulo Maurício e Corintho Marcellos, esse último Delegado do Grão Mestre do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, reuniram-se sobre a presidência do Irmão Corintho Marcellos, com o propósito de soerguer ARLS Cedros do Líbano n° 1688.  Nesse mesmo dia, foi eleita a diretoria provisória, cabendo ao Irmão Nelson Simões Lima a presidência da mesma.


                                A segunda reunião ocorreu no dia 23 de junho de 1984, para discutir os trâmites da regularização de alguns Irmãos, visto que eles pertenciam a Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro. Nesse mesmo dia, foi decidido o local de realizações das sessões.


                                 Em 1 de agosto de 1987, através do Ato de n 477 de 21 de julho de 1987 do Grande Oriente do Brasil a Loja é autorizada a funcionar. Nessa mesma data é eleita a primeira Administração Provisória, composta pelos seguintes Irmãos: VM Hyeron Vieira de Mello; 1° Vig. Nelson Simões de Lima; 2° Vig. Raul Araújo; Orador Gilson Barreiros; Secretário Afonso Celso Barreiros; Tesoureiro Edvaldo Simões da Fonseca e Chanceler Paulo Maurício dos Santos.


                                  Em 16 de julho de 1988, a Loja passa a se reunir no Templo da Loja Deus e Humanidade n° 26, recebendo a Comissão designada pelo Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, que em cumprimento ao Ato n° 574 de 13 de julho de 1988 procedem a Regularização dessa Oficina, fazendo a entrega da Carta Constitutiva e demais documentos previstos no Regulamento Geral da Federação.


                                  No dia 30 de julho de 1988, toma posse a primeira administração eleita após a regularização, cabendo ao Irmão Hyeron Vieira de Mello o cargo de Venerável Mestre.


                                  Em 14 de fevereiro de 1988 é aprovado o primeiro Estatuto da Loja.

                                  Em 14 de novembro de 1988 é realizada uma Sessão Magna para a entrega da nossa Bíblia, com uma palestra ministrada pelo frei Roberto, membro da Ordem dos Franciscanos menores.


                                  Em 10 de maio de 2003 é Consagrado o Estandarte da Loja.

                                  Em 14 de junho de 2003 é nomeada a 1ª Comissão para viabilizar a compra de um terreno para a construção do nosso Templo.


                                  Em 29 de novembro de 2003 é aprovado o Estatuto da Loja  adequado ao novo Código Civil Brasileiro.

                                  Em 11 de setembro de 2004, com recursos doados pela nossa sobrinha Yara Calile somados aos valores disponíveis em caixa, a Loja adquire esse terreno.


                                 Em dezembro de 2005, começam as obras de terraplanagem e colocação das sapatas,dando início a construção do Templo hoje inaugurado.


                                 Desde o seu soerguimento a loja teve como Veneráveis-Mestres os seguintes Irmãos:


                                  1988/1991 -  Hyron Vieira de Mello

                                  1991/1993 – Edvaldo Simões da Fonseca

                                  1993/1995 – Lúcio Freire de Andrade

                                  1995/1997 – Afonso Celso Barreiros

                                  1997/2001 – João Carlos Pires

                                  2001/2005 – José Antonio Vilas Perez.

                                  2005/2009 – Ulisses Sobral Calile.

                                  2009/2011 – Helcio Camargo Soares

                                  Durante esses quase quatro anos, de muito trabalho e força de vontade de todos, aos poucos fomos realizando esse trabalho.


                                   Através de doações de Irmãos, rifas, almoços e jantares e até barracas em festas, conseguimos arrecadar fundos suficientes para chegarmos a esse dia. Cabe ressaltar a ajuda financeira que obtivemos junto ao GOB-RJ, durante o ano de 2007. 


                                    Gostaríamos de enaltecer, a colaboração fundamental que nossas Cunhadas nos propiciaram, que foram de fundamental importância para a realização do nosso objetivo.


                                     Por fim, é importante frisar, que hoje se realiza o sonho do nosso Irmão José Callile (Abrahão).”Sonho de um, que se transformou em desejo de todos”.  


Pesquisa realizada pelo Irmão Paulo Edgar Melo.

Miguel Pereira, 06 de setembro de 2008. (Data da Sagração do Templo)
                                  


SOIS MAÇOM?



Só me lembrava daquela dor no peito. Como viera eu parar aqui? O ambiente me era familiar. Já estivera aqui; mas quando?


Caminhava sem rumo. Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não tinha coragem de abordá-las.

Mas, espere, que grupo seria aquele reunido e de terno preto?

Lógico! Não estariam indo ou vindo de enterro; hoje em dia não é tão comum pessoas irem a velório com roupa preta. É claro! São irmãos!

Aproximei-me do grupo. Ao me verem chegar interromperam a conversa. 

Discretamente executei o Sinal de Aprendiz, - fui respondido.

A alegria tomou conta de mim. Estava entre amigos.

Identifiquei-me. Perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo. Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente. Havia desencarnado.

Fiquei assustado; e a minha família, e os meus amigos, como estavam?
-    
     Estão bem, não se preocupe; no devido tempo você os verá, responderam.

Ainda assustado indaguei do motivo de suas vestes.
-    
      Estamos nos encaminhando ao nosso Templo Maçônico – foi à resposta.
-   
     Templo Maçônico? Vocês têm um?
-    
      Sim, claro, por que não?

Senti-me mais à vontade afinal, sou um Grande Inspetor Geral e com certeza receberei as honras devidas a meu grau.

Pedi para acompanhá-los. Fui atendido.

Ao fim de pequena caminhada divisei o Templo. Confesso que fiquei abismado. Sua imponência era enorme. As colunas do Pórtico, majestosas. Nunca vira nada igual. Imaginei como deveria ser seu interior e como me sentiria tomando parte nos trabalhos.

Caminhamos em silêncio. Ao chegar ao salão de entrada verifiquei grupos de irmãos conversando animadamente, porém, em tom respeitoso.

O que parecia o líder do grupo que me acompanhava chamou um irmão que estava adiante.
-    
      Irmão Experto! Acompanhai o Irmão recém-chegado e com ele aguarde.

Não entendi bem. Afinal tendo mostrado meus documentos, esperava, no mínimo, uma recepção mais calorosa. Talvez estejam preparando uma surpersa à minha entrada; para um Grau 33 não poderia se esperar nada diferente.

Verifiquei que os Irmãos formavam o cortejo para a entrada no Templo. À distância não pude ouvir o que diziam, contudo, uma luminosidade esplendorosa envolveu a todos. Adentraram silenciosamente no Templo. Comigo ficou o Irmão Experto.

De tanta emoção não conseguia dizer nada. O tempo passou... Não pude medir quanto.

A porta do Templo se entreabriu e o Irmão Mestre de Cerimônias encaminhando-se a mim comunicou que seria recebido. Ajeitei o paletó, estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam desleixadas e caminhei com ele.

Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância? Respirei fundo e adentrei ritualisticamente ao Templo.


Estranho... Esperava encontrar uma luxuosidade esplendorosa, muito ouro e riquezas. Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito grande. Uma luz brilhante, vinda não sei bem de onde, iluminava o ambiente.

Cumprimentei o Venerável Mestre e os Vigilantes na forma usual. Ninguém se levantou à minha entrada. Mantinham-se calados e respeitosos.

 Não sabia o que fazer... Aguardava ordens... E elas vieram na voz firme do Venerável.
-    
      SM?

Reconhecendo a necessidade do trolhamento em tais circunstâncias, aceitei respondê-lo.

Estufei o peito, empertiguei o corpo e respondi:
-    
      M.I.C.T.M.R.

 Aguardei, seguro, a pergunta seguinte. Em seu lugar o Venerável Mestre dirigindo-se aos presentes, perguntou:

-     Os Irmãos aqui presentes o reconhecem como Maçom?

 Assustei-me. O que era isso? Por que tal pergunta?

O silêncio foi total.
-    
      Meu caro Irmão visitante: os Irmãos aqui presentes não o reconhecem como Maçom.
-    
      Como não? Disse eu. Não vêem as minhas insígnias? Não verificaram os meus documentos?
-     
     Sim, caro Irmão, retrucou solenemente o Venerável. Contudo não basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias para ser um Maçom. É preciso, antes de tudo, ter construído o “seu Templo” e verificamos que tal não ocorreu com o Irmão. Observamos, ainda, que apesar de ter tido todas as oportunidades de estudo e de ter galgado ao maior dos Graus, não absorveu seus ensinamentos. Sua passagem pela Arte Real foi efêmera.

Não pude aguentar mais. Retruquei:

-    Como efêmera? Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes fraternas?

Fui interrompido.
-    
     Irmão veja então sua defesa...

Automaticamente desenhou-se na parede algo parecido com uma tela imensa de televisão e na imagem reconheci-me junto a um grupo de Irmãos tecendo comentários desairosos contra a administração de minha Loja. Era verdade. Envergonhei-me. Tentei justificar, mas não encontrava argumentos. Lembrei-me então, de minhas ações beneficentes. Indaguei-os sobre o tal. 

 E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a mão vazia no Tronco de Beneficência. Era fato e, costumeiramente, o fazia por achar que o óbolo não seria bem usado.

Por não ter o que argumentar calei-me e lágrimas de remorso brotaram-me nos olhos. Iniciei a retirar-me cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz autoritária e ao mesmo tempo fraterna do venerável.

-    Meu Irmão, nós reconhecemos suas falhas quanto no orbe terrestre e na Maçonaria, contudo, reconhecemos, também, que o Irmão foi iniciado em nossos Augustos Mistérios. Prometemos em suas iniciações protege-lo e o faremos. O Irmão terá a oportunidade de consertar seus erros, afinal, todos nós aqui presentes já os cometemos um dia. Descanse neste plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria para novas experiências, nós o encaminharemos novamente para a Ordem Maçônica. Sua nova caminhada com certeza será mais promissora e útil.

 Saí decepcionado, mas estranhamente aliviado.
   
Aquelas palavras parecem ter me tirado um grande peso. Com certeza ali eu desbastara um pedaço de minha Pedra Bruta.

Acordei sobressaltado e suando... Meu coração disparado... Levantei-me assustado, mas com certa alegria no peito. Havia sonhado.

Dirigi-me ao guarda-roupa. Meu terno ali estava. Instintivamente retirei do paletó as medalhas e insígnias a as guardei em uma caixa.

Ainda emocionado e com os olhos molhados de lágrimas dirigi-me à minha mesa e com as mãos trêmulas e cheio de grande alegria, retirei o Ritual do Aprendiz Maçom.

Transcrito do Jornal GOERJ Informa de 12/10/1992
Obra escrita pelo IrRodrigo Otávio Mattos. 
Membro da ARLS José Bonifácio n° 0486 – Barra do Piraí/RJ
                         
                
          

Postagem em destaque

OS CINCO ELEMENTOS E OS CINCO SENTIDOS

  Maçonaria e simbolismo maçônico Na Maçonaria, parece haver sempre um ritmo ou uma correlação com qualquer número de coisas. Parece que q...