O SILÊNCIO


A Badalada do tempo continua,
o silêncio impera,
os objetivos operam sua existência,
as vozes entoam no íntimo de cada um,
a canção dos que se reinventam;

Nasce assim a essência do poder alquimista,
nasce também o amor,
nasce ainda a esperança,
aflora assim a fraternidade;

Rogam então pelos que não ouvem,
pedem pelos que não vêem,
imploram pelos que não podem sentir o calor da luz;
Iluminados, os filhos de Deus podem flutuar pelo jardim da vida,
este jardim é um oásis no meio do deserto,
nele brotaram acácias, tulipas brancas, rosas vermelhas, margaridas amarelas,
o milagre da ressurreição faz nascer da areia a pureza da vida,
agora flutuamos em meditação profunda sobre a beleza;

O sono quer nos embebecer,
mas a perseverança nos orienta,
no meio do jardim já existem troncos grossos e ocos que tentam impedir a passagem,
eles giram em sentido anti horário,
mas a luz transcende a vedação,
nos orienta,
e como a ave que derrama o sangue pelos seus filhos,
planamos pelas frestas de luz dentre os vícios que querem nos sucumbir;

Lá ao fundo,
da linha que reparte o orbe,
protegida por querubins que embaiam uma espada em chama,
está a paz,
está o amor,
está o portal da passagem,
está mais um objetivo consolidado,

O sabor de tudo isso,
revigora no coração dos filhos de Deus uma vontade,
incessante,
incontrolável,
de ouvir o soar do sino,

Tal soar,
é audível a muitos,
inclusive aos pobres de espírito,
mas somente tira proveito das baladas aqueles que podem ouvi-lás com o coração,
em absoluto silêncio.

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